
Como não amar a empoderada atriz Lupita Nyong’o?
Pois é, como não amar a empoderada atriz Lupita Nyong’o? Foi lá nos idos de 2013 que a gente ficou conhecendo essa moça linda e talentosa que arrasa no tapete vermelho. Eu lembro do primeiro red carpet da Lupita, já famosa e naquele vestido azul claro Prada. Eu mal a conhecia, mas fiquei muito feliz por ela ter levado o Oscar. Mas não é só de troféus e vestidos deslumbrantes que é feita a carreira da atriz. Lupita é muito bem educada! Tem bacharelado em Filme e Teatro pela Hampshire College, nos Estados Unidos, e mestrado pela Yale School of Drama (Yale é uma universidade do grupo das Ivy League, o supra-sumo da educação superior americana). Além de atuar ela escreve, produz e dirige. Lupita é multitarefas.
(Photo by Steve Granitz/WireImage)
Mas sabem o que eu acho o máximo na Lupita? Ela ser ela mesma. Precisamos tanto de símbolos que nos representem de forma natural, sem ter de recorrer ao conhecido processo de “enbraquecimento”, que consiste em fazer de tudo para deixar a beleza negra ao gosto do padrão de beleza branco. E o melhor é saber que marcas como Lâncome estão investidos em belezas fora desse padrão.
Lupita é empoderada porque tinha tudo pra se tornar mais uma atriz do nicho das latinas e exóticas que não conseguem fugir de papéis caricatos. Ela é queniana, nascida no México mas criada no Quênia. Estudou, se formou, levou o Oscar no primeiro papel de destaque que teve e virou o rosto da tradicional francesa Lâncome. Virou também ícone fashion no tapete vermelho, emplacando um arraso atrás do outro, e ícone de beleza. E virou referência pra quem não se via em propaganda de marcas de cosméticos de luxo, pra quem não se imaginava em vestidos deslumbrantes de grifes ou ganhando um Oscar. Lupita é a prova de que representatividade importa. E muito.
Além de linda e talentosa, Lupita é inteligente, fluente em espanhol, inglês, luo e swaiili (duas línguas africanas). De acordo com um trecho sobre a vida da atriz publicado na Wikipedia, uma garota africana escreveu pra Lupita dizendo que estava para comprar um creme para clarear a pele, mas aí a Lupita surgiu no mapa das celebridades e literalmente salvou a pele da garota. Referência clara à representatividade e a importância de ter modelos para se identificar. Só por isso Lupita merecia outro Oscar!
O que queremos? Mais Lupitas.
Do que precisamos? De representatividade.
Empoderada.