Quem não gosta de se vestir bem? A roupa, os acessórios e os sapatos compõem não apenas um look, mas uma maneira de expressar nossa identidade pessoal e nosso senso de pertencimento a um determinado grupo. Através da roupa a gente mostra nossos gostos, estilo e até nosso estado de espírito. Infelizmente, algo tão legal quanto comprar roupas e montar um look acaba pesando na consciência quando a gente pára para pensar na crueldade e abuso cometidos contra animais em nome da moda. Nada justifica!
Falando de forma realística sabemos que ainda é difícil para a grande maioria das pessoas parar de consumir moda que sacrifica animais para fabricar produtos, mas entendo que temos de começar a partir de um denominador comum: conhecendo quais são as marcas de moda que NÃO usam o sofrimento dos animais para vender suas peças. As chamadas marcas de moda cruelty-free. O termo cruelty-free significa “Livre de crueldade” em referência aos maus tratos sofridos pelos animais. Se quisermos acabar com os maus tratos aos animais no mundo da moda, o primeiro passo é conhecer – e divulgar – as grifes que buscam formas alternativas de produção. No fim das contas, consumir de marcas que exploram, torturam e abusam de animais é também uma decisão ética. Comprar de forma consciente é uma escolha.
Mas o que são marcas de moda cruelty-free?
Na moda, o termo cruelty-free se refere ao bem-estar animal. Isso significa que durante a produção do item nenhum animal sofreu maus tratos. Cruelty-free também quer dizer que uma peça não contém nenhum subproduto de origem animal.
Exemplos de itens de moda que usam métodos cruéis contra animais: casacos de pele – a pele é retirada com o bicho ainda vivo. Me dá arrepios só de imaginar! Bolsas e sapatos de couro de cobra: uma coisa são bolsas feitas a partir do couro de animais mortos – como o da vaca, abatida para o consumo da carne -, outra bem diferente é matar animais com o único propósito de servir à indústria da moda. Afinal, uma cobra píton é morta apenas para a confecção de bolsas e sapatos, seu sacrifício não tem por objetivo alimentar pessoas. É algo extremamente egoísta se pararmos para pensar. Matar um animal lindo apenas para ostentarmos um casaco de pele ou uma bolsa de R$15 mil.
Para vocês terem uma idéia, só na Dinamarca 19 milhões de martas são mortas todos os anos por causa de suas peles (dados do PETA – People for the Ethical Treatment of Animals, a maior organizacao defensora de animais do mundo com mais de seis milhões de membros). E com isso, oito mil toneladas de amônia são jogadas na atmosfera todos os anos. O Banco Mundial elegeu a indústria de peles para vestir como uma das cinco piores indústrias do mundo para a poluição de metais tóxicos. Isso por que os processos de tingimento e tratamento das peles envolve substâncias como amônia, formaldeídos, peróxido de hidrogênio e outros agentes branqueadores. No Bangladesh, em um relatório publicado pelo PETA, 90% do couro exportado vem de uma favela onde a água resultante do processo de tingimento NÃO é tratada. De acordo com o Human Rights Watch Report essa água corre para o rio local, adoecendo moradores e expondo diariamente os trabalhadores aos efeitos tóxicos de tais substâncias. E isso acontece no mundo inteiro!
Não vamos citar – ou mostrar aqui por causa dos níveis macabros de crueldade – como esses animais são mantidos, torturados, confinados e mortos de forma extremamente aterradoras. É de chorar mesmo.
Na beleza, o termo cruelty-free significa que o produto final não foi testado em animais. O que NÃO significa que o produto não contenha substâncias de origem animal. Se você busca produtos de beleza 100% livres de derivados de animais procure por produtos VEGANOS.
Tive uma estola azul royal de pele de coelho. Era uma das minhas peças favoritas que infelizmente perdi nas ruas de Paris. Porém, ao comprar a peça, eu perguntei como ela tinha sido feita. A dona da loja me garantiu que só revendia peças que tinham sido confeccionadas a partir da pele de animais já mortos para o consumo da carne. Neste caso, a pele – que de outra maneira seria descartada – foi utilizada para fazer uma estola. Abater animais para consumo de carne é outra discussão que não cabe nesse post, mas o que quero dizer é que pelo menos abate-se o bicho com o objetivo de alimentar pessoas e não apenas para satisfazer nossos desejos consumistas.
Top 10 de marcas de moda cruelty-free para seguir já!
Comecemos com as gringas:
SHRIMPS – Estou completamente APAIXONADA por essa marca. As peças são lindas de viver, tem peles artificiais que são luxo puro e todo o trabalho da marca tem influência artística na arte moderna. Junte-se a isso o fato de a empresa ter sido uma das pioneiras a liderar a discussão sobre cruelty-free fashion na Inglaterra lá nos idos de 2013. Além disso, 90% da força de trabalho na SHRIMPS são mulheres, e eles priorizam trabalhar com artesãos treinados por eles. Por exemplo, a empresa tem um atelier na Índia para a confecção de acessórios feitos à mão, tendo desenvolvido novas técnicas e inovações técnicas para uma produção sustentável. Na última Paris Fashion Week, a empresa apresentou coleções feitas com fibras e lã de carneiro recicladas. O próximo objetivo da marca é substituir todas as embalagens por material reciclado.
Stella McCartney – Tão bom ver uma marca clássica e mainstream que a gente ama fazendo uma moda cruelty-free de alto padrão! A grife tem como política de sustentabilidade o não uso de couro, penas e peles animais. A própria Stella é vegetariana, e decidiu, há muito tempo, não vender seus produtos na China, país onde a regulação oficial exige testes em animais. A marca de fragrâncias licenciada Stella McCartney, a COTY, só produz perfumes veganos. A grife realmente leva a sério seus valores de sustentabilidade e respeito aos animais. E por isso, baniu o uso de cotton vindo da Síria, Uzbequistão e Turcomenistão, parou de usar angorra em 2013, não utiliza PVC, além de outras ações louváveis que fazem da marca uma das principais cruelty-free de luxo.
Beyond Skin – Criada em 2001, a marca oferece sapatos veganos de luxo desenhados na Inglaterra e produzidos à mão na Espanha em pequenas quantidades (slow fashion). Achei super interessante que os sapatos da marca têm palmilhas feitas com 70% de papelão! E os saltos de plástico, as solas de resina de borracha 70% recicladas. Legal, né? Aposto que você deve estar imaginando se os sapatos são bonitos. São. E como! O que conferiu à marca citações em revistas como Vogue, InStyle, Bazaar e Marie Claire.
Sustudio – Sapatos lindos e glamourosos para ninguém botar defeito feitos a partir de borracha reciclada e outros materiais sustentáveis. Vale conferir o Instagram deles para ver que sustentável também é sinônimo de BELEZA e luxo!
In the Soulshine – Marca que vale citar e que lançou inclusive uma coleção em parceria com o PETA – People for the Ethical Treatment of Animals, organização de proteção aos animais com mais de 6.5 milhões de membros no mundo todo. As camisetas são todas feitas com tinta vegana, e manufaturadas em Bali, onde eles mantém um ateliê pagando salários até cinco vezes mais altos que a média local.
Marcas cruelty-free brasileiras
Básico.com – No nosso top 10 de marcas de moda cruelty-free para seguir já no Brasil, vamos começar com essa marca que acho super legal e interessante para quem busca uma moda basicona e simples. As peças, de algodão prima, não têm logos, estampas ou etiquetas! A Basico.com oferece lingeries, sapatos, bolsas e até perfumes para homens e mulheres.
Insecta Shoes – Apesar do nome em inglês, a marca oferece sapatos veganos inteiramente produzidos no Brasil, com matéria-prima toda comprada no estado natal (RS) como forma de fomentar a indústria local e causar menos impacto ambiental no transporte. Os calçados são MUITO fofos! Destaque para as mochilas e os tênis estampados, e as pantufas e Oxford da coleção Zodíaco. Olhem os de sagitário que lindos. Foto
Flavia Aranha – Só de ler o “Sobre nós” no site da marca a gente já se apaixona pelo texto fluído e bem escrito. Entre os pilares da marca estão a prioridade ao design brasileito feito com matérias-primas do nosso país, o uso de tecnologias com impacto positivo no meio ambiente, a valorização do saber manual passado de geracao em geracao e humanização da mão de obra. O site deles é lindo e vale muito a visita. As roupas têm uma pegada alternativa e elegante com foco no conforto. Foto
King55 – Marca gaúcha de moda vegana com uma gama de itens para homens, mulheres e crianças. Apoiam o comércio local e acreditam que “ter consciência é ter estilo”. O destaque fica por conta da vasta coleção de calças e das bermudas camufladas.
Nicole Bustamante – Resolve incluir essa marca porque além de roupas sustentáveis, oferecem também itens para o lar seguindo os mesmos princípios cruelty-free, com uma produção mais autoral, peças únicas e feitas à mão. Propoem um lifestyle sustentável. Vale conferir. Destaque para a linha de home decor, com pratos e canecas clássicas e minimalistas.
É sempre bom ir lá no site das marcas ler como eles realmente fazem as coisas, a missão e filosofia da empresa. Tem muita gente pegando onda em termos como “sustentável” e “cruelty-free” sem necessariamente respeitar esses conceitos. E lembre-se: comprar de forma mais consciente ajuda não somente as marcas, que geralmente são pequenas, mas dá aquele suporte para artesãos e produtores de matéria-prima locais, além de incentivar outras empresas a adotarem métodos cruelty-free de produção.
Menções honrosas
Armani – a marca italiana anunciou, em março de 2016, que renunciaria ao uso de peles de animais. Ralph Lauren – abandonou o uso de peles animais após uma negociação com o PETA, em 2006. Calvin Klein – produtos livres de peles desde 1994. Tommy Hilfiger – fabrica peças livres de pele desde 2007, além de apoiar causas animais como a fundação Elephant Family. Vivienne Westwood – livre de peles desde 2007.
E você, como vê a relação consumo-bem-estar animal? Gostou do nosso top 10 de marcas cruelty-free para seguir já? Abriria mão de consumir algo que usa métodos cruéis com animais? Sobre esse assunto, traremos um top 10 de marcas de cosméticos veganos em nosso próximo post. Nao esquece de se inscrever na newsletter para receber as novidades!
Muitos países, como o Brasil, nem chegaram a sair direito da quarentena e a ameaça de uma segunda onda de Covid paira sobre nossas cabeças. Aqui na Europa uma segunda quarentena já é quase certa. Com isso, o comércio local de pequeno porte é o que mais sofre. E quando o assunto é moda, tudo se torna secundário visto que, em uma pandemia, outras prioridades ocupam a cabeça das pessoas. Dentro desse cenário, como ajudar os pequenos produtores de moda? O que fazer para apoiar e dar suporte em um mundo em que a digitalização do comércio se faz necessária diante do cenário atual de distanciamento social? Não só os pequenos produtores de moda perdem seus pontos de venda diante do fechamento de lojas e shoppings, como também perdem apelo de compra, já que o dinheiro é mais curto e as prioridades de gastos mudam. Abaixo, listei cinco passos para ajudar os pequenos produtores de moda durante a pandemia que todos nós podemos começar a fazer já.
Conectando-se ao seu produtor de moda local – desemprego, incerteza, pouco dinheiro circulando, comércio de portas fechadas. Muita gente comprando online. É hora de prestigiar quem produz moda e acessórios aí mesmo no seu bairro ou região. Ajude a dar visibilidade aos pequenos produtores seguindo-os nas redes sociais, compartilhando o conteúdo postado por eles, curtindo e visitando o comércio eletrônico da marca. Tente descobrir se há, no seu bairro ou região, costureiros, designers, fabricantes de roupas, calçados, acessórios, e prestigie o trabalho desses pequenos empresários.
Compre de varejistas locais – se as pessoas prestigiarem produtores locais os mesmos ganham visibilidade junto aos varejistas locais. E agora com a reabertura do comércio é um ótimo negócio revender bens de consumo de produtores locais. Barateia os custos e ainda ajuda a economia local. Quando você compra aquele vestidinho de verão ou até mesmo suas máscara anti-Covid da lojinha local você está privilegiando quem produz ali mesmo, fazendo com que os donos de comércio também optem por revender de produtores de moda da região. Todo mundo sai ganhando.
Prestigie os lançamentos online de coleções de pequenos produtores – com grandes eventos cancelados, o jeito é partir para o online. E já que você segue e acompanha o produtor de moda local, por que não dar audiência para o esforço dessa galera? Tem muitas marcas e designers de moda organizando desfiles online. Compartilhe. Assista. Prestigie. Isso ajuda a promover as coleções e chamar atenção do público em geral para a marca.
Experimente novas formas de compras online – tem muita gente se reinventando na pandemia. Comprar online não é nada novo e esse comércio online só cresce. A novidade é que agora até os pequenos produtores e varejistas pequenos estão sendo forçados a migrarem para o online se quiserem sobreviver, sem abrir mão ou não do presencial. E tem novos modelos de negócios se desenvolvendo justamente para atender a essa demanda de consumo. Tem costureira e varejistas oferecendo serviços online em que o cliente escolhe as peças que quer experimentar e recebe uma mala de coisas em casa para testar sem compromisso, com tempo e conforto. Por que não tentar um serviço desses na hora de comprar as roupinhas do seu bebê? Pedir online e escolher tudo com carinho no conforto de casa? É uma idéia sensacional que tem sido bem aceita pelo mercado e tá salvando o orçamento de muita gente.
Privilegie os pequenos produtores de moda em seu negócio local – se você tem um comércio pequeno, seja ele de moda, uma oficina de costura ou revenda de calçados, dê prioridade para quem produz aí mesmo no seu bairro ou região. Compre tecidos dos produtores locais, tente negociar a revenda de calçados dos confeccionistas da região; dê uma chance para aquela costureira expor as peças dela na sua vitrine da sua loja. Todo mundo sai ganhando, por que isso baixa os custos de revenda para você e para o consumidor, você ajuda quem, como você, tá penando para continuar ativo durante a pandemia. Essas pequenas ações sustentam a economia local e podem fazer toda a diferença para os pequenos produtores tentando sobreviver. Não tá fácil pra ninguém, mas quando a gente consome de forma mais consciente – e vende de forma mais consciente -, com menos dependência dos grandes produtores e com foco no local cria-se uma cultura de consumo local. O dinheiro fica ali no seu bairro ou cidade, ajudando a economia a crescer.
Alguns dados desse mercado no Brasil:
De acordo com a pesquisaSebrae, 73% dos empresários de moda no Brasil são mulheres. Dentre todos, 83% possui loja de rua, daí a importância de comprar no seu bairro ou cidade para ajudar a economia local. E a gente fez esse post com cinco passos para ajudar os pequenos produtores de moda durante a pandemia justamente por que esse nicho representa nada menos que 60,6% do mercado (o Sebrae considera micro e pequeno todo o negócio com faturamente anual máximo de R$360 mil reais).
E você, tem conseguido apoiar o comércio local próximo de onde mora durante a pandemia?
A gente sabe que o mundo não será o mesmo quando a pandemia da Covid-19 passar. E é precisamente agora nesse período de quarentena necessária que as mudanças estão se desenhando. Com as lojas físicas fechadas, muitos empreendedores do varejo de moda perderam fluxo de caixa e estão sem renda. Se tratando de negócios pequenos, poucos tem sites com vendas online. E agora, o que fazer para sobreviver em um mundo que estará mergulhado em recessão, clientes com baixo poder de compra e, ainda assim, mais exigentes? Em momentos de crise todos nós começamos a cortar tudo aquilo que não é essencial. Tendo roupa em casa pra vestir e sapatos para calçar, a moda se torna algo supérfluo em uma realidade em que milhões estão desempregados e a prioridade maior é sobreviver.
Mas é possível sim ao pequeno varejista de moda cavar oportunidades para continuar no mercado. De acordo com a Coordenadora Nacional da Moda do Sebrae, Anny Santos, o pequeno varejista de moda deve aproveitar o momento para se reinventar e enxergar as possibilidades de negócio que caibam no bolso e atendam às necessidades do cliente, que também sofre com a crise. “Utilize o momento para replanejar o negócio e tomar decisões rápidas adaptadas ao momento. Reveja seus processos e explore como investir seu tempo, como os funcionários podem colaborar em Home Office e quais as adequações financeiras são necessárias para o período”, destacou.
Outro fator super importante é a digitalização dos pequenos negócios, extremamente necessária nesse momento. Vocês sabiam que, de acordo com aPesquisa Transformação Digital nas MPE, realizada pelo Sebrae em 2018, 73% dos pequenos negócios são invisíveis no Google? Pois é, não aparecer nos resultados de busca da maior plataforma de buscas online do mundo é perder oportunidades de negócios e futuros clientes. Muitos desses pequenos varejos de moda usam mídias sociais como o Instagram e o Facebook para se comunicar com seus clientes e expor seus produtos, mas só isso não é suficiente. Vai ser preciso a evolução completa para o formato de loja online, pois além do comércio eletrônico andar em paralelo à loja física, em tempos de confinamento são das vendas online que vêm a receita para essas empresas continuarem existindo.
Mas o que o pequeno comerciante pode fazer agora para tentar driblar a crise mesmo não tendo um e-commerce em funcionamento?
“Neste momento de crise, é preciso buscar soluções rápidas e eficientes, seja entregando os produtos na casa do cliente e recebendo por transferência bancária ou vendendo vouchers para usar daqui a dois ou três meses. Investir em um canal que não domina, pode ser mais complicado ainda”, aponta Anny Santos.
Uma ação que tem sido muito utilizada é do provador delivery, conhecido popularmente como as malinhas de roupas para escolha do cliente em casa. Além de ser uma venda mais ativa, também permite uma estratégia de relacionamento ao oferecer um serviço diferenciado para os clientes. Praticamente uma experiência de personal shopping! Você também pode incentivar seus funcionários a utilizar suas redes de relacionamento para promover os produtos da sua empresa.
E por último lembre da comunicação. Mantenha aberto os canais de comunicação com seus clientes. Mostre que sua pequena empresa se preocupa com a crise, cuida dos funcionários e precisa de apoio para continuar existindo. Se conectar com as pessoas é importante nesse momento. E quanto a nós, consumidores, é hora de apoiarmos o varejista local, comprar produtos das lojas do nosso bairro, consumir as delícias das boleiras da nossa rua. Todo mundo se ajudando um pouco, prestigiando artesãos locais. Todo mundo saindo dessa juntos!
MANTER uma jóia bonita e bem cuidada é possível com truques básicos. Jóias são um investimento à prova de crise, pois nunca perdem o valor. Uma joia verdadeira pode render dinheiro imediatamente no caso de necessidade. É um patrimônio, e como tal merece cuidados especiais. Você sabe quais são as melhores técnicas para cuidar das suas joias? Primeiro temos de separar por metal: ouro, prata e pedras preciosas. Existe uma maneira adequada para limpar e guardar cada um desses metais preciosos. A necessidade de ficar em casa por conta do coronavírus pode ser uma boa época para cuidar das nossas coisas e realizar aquelas tarefas que nunca temos tempo para fazer.
A ourives Mariana Yamakawa, proprietária da marca de joias artesanaisElleven dá a dica para o armazenamento adequado das peças: “Às vezes, a pessoa guarda as jóias em qualquer lugar, no banheiro, por exemplo, que fica com vapor pelo menos uma vez por dia, e a umidade vai prejudicando a peça. Outra coisa que a maioria faz é colocar tudo em uma caixinha. Quando vai reparar, as peças estão arranhadas. O ideal é uma em cada lugar, ou não descartar os saquinhos que geralmente vêm com elas”, explica Mariana.
Já as joias com pedras exigem mais cuidado tanto no manuseio e conservação quanto na hora de usar. “Peças com pedras não devem ter contato com produtos químicos, perfumes ou cremes pois podem ser danificadas. As pérolas não devem entrar em contato com água corrente nem com outras pedras porque riscam e mancham”, alerta Mariana.
Cuidados em casa
Ouro – o ouro na verdade não requer tanto cuidado assim como muitos pensam. Ao contrário da prata, ele não empretece, embora perca seu brilho conforme o uso. Recomenda-se lavar as peças com uma escova de cerdas macias em água corrente e usar sabão de coco. Para voltar a ter o brilho de antes é preciso polir a peça. Uma técnica caseira simples que eu já fiz muito e funciona: polir com uma flanela dessas de cor laranja bem macia. Dá um brilho legal e não arranha. Para evitar a oxidação, existem produtos específicos como o Monzi e o Polibril. Mas caso a peça seja de grande valor e necessite de um cuidado mais intenso, o ideal é procurar um ourives para um polimento profissional.
Prata – a prata pode ser polida com produtos à venda no mercado usando-se um tecido macio. O material escurece devido à oxidação, sem que isso signifique perda de qualidade.
Pedras naturais e pérolas – evite contato com cremes e óleos, limpe-as com um pano úmido e macio. Nunca use escovas para não arranhar a peça, e guarde-as em caixinhas ou sacos de veludo. As pérolas, de acordo com Mariana Yamakawa, não devem entrar em contato com água corrente nem com nenhum tipo de produto para polir, cremes ou óleos, pois eles podem manchar as pedras.
Diamantes – se você tem a sorte de ter diamantes cuide bem deles! Nunca use nenhum tipo de produto químicos em diamantes. Limpe-os uma vez por semana com um pano úmido e macio. Mantenha os diamantes separados de outras pedra naturais e de outros tipos de jóias.
Hora de tirar aqueles anéis empretecidos da gaveta ou aquela correntinha de ouro sem brilho, dar aquela limpeza e botar as peças pra jogo de novo.Que tal aproveitar a quarentena para começar a cuidar as joias?
Acabei de ler um livro sobre moda relativamente curto, mas muito, muito eficiente para ensinar o básico da moda de forma simples e bem objetiva. “Moda em pauta“, de Caline Migliano conta não somente a história da moda de uma maneira bem geral, mas também te ensina coisas básicas que eu mesma nunca tinha lido em livro algum. Por exemplo: você saberia me dizer qual o ciclo por trás da roupa que a gente compra na loja? Como aquela roupa passou a existir? Quem definiu as cores, o modelo, o corte, o tecido? E baseado no quê essas definições foram feitas? E mais: de onde vêm as ideias para criar roupas novas, as chamadas tendências? Qual a diferença entre gabardine e lurex? Aliás, me diga aqui três tipos de tecidos naturais e três nomes de tecidos sintéticos. Confuso? Nem tanto, o livro é bem explicativo e fácil de entender até para iniciantes.
O prefácio do livro foi escrito pela consultora de moda Ana Vaz, amiga de longa data da autora, cujo trabalho você pode acompanhar pelo Instagram. Não importa se você é um estudante de moda, uma blogueira ávida pelas últimas tendências, ou apenas uma leiga no assunto. “Moda em pauta” tem uma linguagem acessível a todos, trata a moda pelo que ela realmente é: um business. E dos grandes!
Um ponto forte do livro é o capítulo 2, que traz um glossário sobre termos de moda. Ideal para quem ainda se perde com termos como “evasê”, “chemise”, “cropped”, entre outros. E tudo com ilustrações para gente aprender de vez que cropped é o top, e a saia é midí, e não o contrário! Já o capítulo 3 faz um rápido passeio pela história da moda.
Gente, é muito interessante ver como a moda, ao longo das décadas, influenciou comportamentos, e vice-versa. El
a dá o contexto histórico, fala da estética, dos nomes da época e mostra uma figura que simboliza aquele período. Achei bem didático.
Além de empregar milhões de pessoas, a indústria da moda gera empregos em áreas correlatas, como o jornalismo de moda, outro tema abordado no livro. Como apurar uma pauta de moda? No que prestar atenção em um desfile, quais perguntas fazer aos estilistas, como olhar as roupas da marca para entender o conceito por trás da coleção, o trabalho de pesquisa feito e informar bem seus leitores escrevendo um ótimo texto? A resposta para essas e muitas outras perguntas você acha no capítulo 3 – A redatora de moda – do ótimo livro de Caline Migliano. Depois de ler esse capítulo você vai se sentir mais confiante pra escrever um texto de moda. Pra mim, que estudei jornalismo, o capítulo seguinte não trouxe muitas novidades, mas pra quem não faz ideia de como estruturar um texto ele será muito útil.
Minha dica: guarde o livro para futuras consultas. Ele contém termos, contexto histórico, nomes e dicas valiosas que a gente precisa ter sempre à mão na hora de trabalhar com moda. Seja entendendo a diferença entre um tecido e outro, seja sabendo o que perguntar sobre uma nova coleção, seja na hora de escrever bem e informar os leitores. E hey! Esquece essa de “ah, o mercado da moda é ruim”. Como diz a autora no fim do livro, “..sempre tem vaga, sempre tem trabalho para quem é bom e para quem quer”. Eu acredito nisso, e você?
Livro: Moda em Pauta
Autora: Caline Migliato
Ilustrações: Andreza Setúval
Baixe o livro gratuitamente AQUI
Cresceu na periferia de São Paulo, mudou para a Suíça, depois França e atualmente mora com seu filho em Munique, na Alemanha. Sempre antenada e buscando o melhor de cada destino, adora partilhar suas experiências com pessoas, explorando o mundo feminino, da maternidade, beleza, moda e decoração. Acredita que luxo é viver com criatividade.
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SOBRE o PL
O Passaporte voltou, sempre interagindo com seus seguidores, com dicas e informações do mundo da moda, beleza, turismo e decoração, com um olhar de quem vive buscando o inusitado!