Paris é Paris, mesmo com carrinho de bebê. Andar pela cidade empurrando o pequeno não é problema, pelo contrário. É bastante agradável, com calçadas largas e planas, muitos parques e pracinhas de jogos, e muita coisa para ver! E quando cansar, é só parar num café e dividir un pain au chocolat com seu baby.
Eu adoro andar a pé, gente! Acho um desperdicício ficar underground numa cidade maravilhosa como Paris. Porém, é uma cidade relativamente grande, e usar o metrô é uma necessidade real. Aliás, o metrô funciona bem e cobre a cidade inteira. O inconveniente de sair com carrinho de bebê de metrô, é que a maioria das estações são antigonas e não tem elevador. Resultado: se estiver sozinha, vai se ver parada em frente às escadas, esperando pela boa vontade alheia. Mas, não se preocupe, ao ver uma situação dessas, os parisienses param e oferecem ajuda.
Eu não tenho nenhum problema em sair e contar com a ajuda de estranhos para levantar o carrinho nas escadas. Sou despachada e acho que confraternizar com estranhos é uma ótima maneira de “se apropriar” da cidade, de viver localmente. O João Marcelo fez dois anos e anda e corre que é uma beleza. Porém, ainda preciso do carrinho. Quando ele cansa pede colo. E queridas, dar colo para um meninão de mais de 13 kg é dor nas costas na certa, kkkk. E no carrinho ele tira sonequinha e dá um refresco pra mamãe aqui tomar um café ou babar nas vitrines de moda.
Marcelinho, causando em Saint-Denis Uma rua em Saint-Denis Uma das coisas de que gosto é andar pelos mercados e ver a diversidade das especiarias, queijos e vinhos Mesmo que você conheça pouco a cidade e não souber onde ir, a Champs-Elysées está aí pra ajudar. Subir de um lado até o Arco do Triunfo, e depois descer do outro até a Place de la Concorde é um programa delicioso. As pessoas, as vitrines, as línguas, a arquitetura. Tudo impressiona.Marcelinho sendo ele mesmo…
Na Champs-Elysées é comum ver esses carrões estacionados para os turistas darem uma voltinha (paga). Resolvi brincar de rica… he he.
Paris oferece bons programas para crianças, além de ter parques ótimos para piqueniques ou para dar a meninada correr solta. Logo mais falarei deles.
Quem me acompanha sabe que o outono é a minha estação favorita na Europa. Nada é mais romântico do que os parques coloridos, o friozinho gostoso, um chá bem acompanhada. E em Paris a estação tem um charme a mais. Por que é outono, em Paris. São as cores do outono em Paris. Precisa mais?
Tá aí uma das coisas de que eu mais sentia falta no Brasil, as cores do outono. Falta espaço na câmera para tirar todas as fotos que eu gostaria de tirar. E nem estou podendo usar minha câmera profissional, pois preciso de um adaptador e não tive tempo de ir atrás de um. O jeito foi usar o celular mesmo. A paisagem ajuda, as cores deixam qualquer foto linda.
Amarelo, vermelho, ferrugem, laranja, marrom, e o verde desbotado já no fim de seu ciclo. Essa é a melhor fase do frio na Europa. Temperaturas agradáveis, dias ensolarados, natureza mudando suas cores, e um friozinho delicioso pra gente tirar as botas e os casacos do armário. Não é frio de tremer o queixo. É frio para passear, sentar do lado de foras dos cafés, vagar pelas ruas, ler às margens do Sena. É tão bonito e gostoso que dá vontade de passar o dia todo vagando pela cidade. Queria compartilhar com vocês uma modesta seleção de fotinhas que tirei esses dias com o celular. Tudo sem filtro, sem retoque, resolução ruim. Com direito a euzinha com cara de tchonga e cabelo amassado. Au naturel num dia nublado e cinzento.
Prometo fotos decentes em breve. Mesmo assim, acho que Paris é tão fotogênica que fica bonita até em foto ruim. Concordam?
Voilà, agora é assim que começarei meus posts, direto da cidade-luz. Já até alterei a cidade na home do blog, notaram? Chique! Pois bem leitores e leitoras, cá estamos nós de mala e cuia em Paris. Meu marido, meu filhote e eu. Deixamos tudo para trás em São Paulo para recomeçar novamente na França. Tudo aconteceu tão rápido que não deu tempo de atualizar vocês. Vida nova em Paris.
Visitei a cidade em três ocasiões, e em todas elas senti algo dentro de mim que não consigo explicar. Uma atração irresístivel, uma encantamento surreal, uma vontade absurda de me embebedar em sua estonteante beleza arquitetônica, em seu patrimônio artístico e riqueza cultural. Vontade de ser o Owen Wilson no filme “Meia-noite em Paris” e me transportar para uma época em que a cidade era o centro cultural e intelectual do mundo.
Eu caí de amores por Paris desde a primeira vez em que pisei os pés nela. Sim, meus olhos encheram de água quando cruzei a Ponte Alexandre III pela primeira vez, ou quando desci a Champs-Elysées à noite em plena época de Natal; ou quando caminhei e me sentei no Jardin des Tuilleries. Apesar disso nunca pensei de fato que um dia seria residente nessa que é considerada uma das cidades mais lindas e glamorosas do mundo. Foi uma surpresa total, não planejei nada. Adoro as reviravoltas da vida 🙂 Sempre imaginei como seria a vida aqui, mas era só um pensamento distante. Será que nosso inconsciente trabalha à nossa revelia? Parece que sim.
Aconteceu que no comecinho de julho perdi meu emprego em Sampa. Fiquei mega chateada, pois adorava meu trabalho na eduK. Em poucas semanas comecei a fazer entrevistas de emprego para vagas na Alemanha e na Suíça. Ser casada com um cidadão europeu me dá o direito de residir e trabalhar em qualquer país da União Européia onde meu marido decida fixar residência. O plano era voltar para a Suíça, ou no máximo ir morar em Munich, terra do Erik.
Enfim, o tempo passou e, apesar das boas perspectivas, nada de concreto rolava. Um dia vi uma vaga na área de comunicação em Paris, assim por acaso, que pedia uma pessoa bílingue português brasileiro/inglês. Resolvi me candidatar sem nenhuma expectativa. E foi justamente essa vaga que deu certo. Em dez dias eu tinha feito três entrevistas por telefone e respondido a vários e-mails. Eles me ofereceram o trabalho. Eu aceitei. Paris.
Isso era comecinho de setembro. Aí começou a correria para vender coisas, alugar nosso apartamento em SP, cancelar isso e aquilo, burocracias mil e voilà: chegamos à França há duas semanas. Tem sido uma loucura, pois estamos num apartamento temporário, temos de lidar com a parte burocrática para estabelecer residência no país, tudo é novo para o nosso filho… Enfim, temos muito o que fazer.
Estamos felizes e certos de que fizemos uma boa escolha. Nosso baby vai crescer trilingue (português, alemão e francês), e só esse fato já valeria qualquer mudança. Ainda falta achar apartamento, comprar móveis, instalar telefone etc. Falta tudo, ha ha! O que será que o futuro nos reserva aqui? Só o tempo dirá. Em outubro de 2014 eu estava em São Paulo começando num trabalho novo, e jamais, nem nos meus sonhos mais loucos poderia imaginar que um ano depois eu estaria morando em Paris. De uma coisa eu tenho certeza: vou tentar tirar proveito de tudo aqui o máximo que eu puder, viver Paris em sua plenitude não apenas morar em Paris. Vai saber onde estaremos daqui, dois, três, cinco anos?
Abaixo algumas fotos dos primeiros dias (tiradas com iPhone, desolé), e numa delas meu filhote e eu.
Preparem-se, pois Paris vai agitar esse blog.
bisous
Se você sempre se perguntou como seria passar férias num ambiente tão diferente como os alpes suíços, vou contar aqui um pouco da minha experiência por aquelas bandas. Eu morei sete anos na Suíça – na verdade três desses anos foram mesmo na França, ao pé das montanhas do Jura, bem na fronteira com Genebra. E morar nessa região é como morar em Genebra, por que a vida social e profissional acontece mesmo é na cidade Suíça. Onde eu morava é uma região calma, rural, com paisagem e clima de montanha.
Durante todo esse tempo pude vivenciar a cultura esportiva e social tanto dos suíços quanto dos franceses nos meses mais frios do inverno europeu. E agora vou contar para vocês um pouquinho sobre os famosos alpes suíços. Destino de ricos e famosos, de aventureiros em busca de adrenalina, de casais em busca de paz e tranquilidade, de gente em busca de beleza e natureza.
Jungfraubahn – o trem da montanha Jungfrau – Photo by Christof Sonderegger
Para enfrentar temperaturas negativas e semanas a fio sob a neve, o jeito foi criar toda uma infra-estrutura para atrair as pessoas para o alto das montanhas em busca de diversão, sol e adrenalina. Romance e beleza também fazem parte do pacote. Afinal, jantar à luz de velas num chalé alpino vendo a neve cair é um programa romântico que permeia os sonhos de muita gente. E fevereiro é o mês ideal para se aventurar no esqui ou snowboard. A essa altura já caiu muita neve e as pistas estão perfeitas para os amantes do ouro branco – é assim que os suíços apelidaram a neve.
Eu adoro estar num chalé, adoro o cheiro da madeira que exala com o calor dos aquecedores de temperatura. Adoro abrir a janela de manhã e me deparar com toda aquela brancura quase infinita, salpicada por pontos verde escuro aqui e ali. Nada mais gostoso que sair de casa cedo, sol no céu, neve no chão e esquis nos pés para um dia de aventura e beleza. Parar pra almoçar num restaurante de montanha ao meio dia e voltar ao chalé no fim da tarde exausta, pronta para aquele banho quentinho e uma noite tranquila e aconchegante regada a raclette suíça. Uma boa garrafa de vinho em frente a lareira fecha a jornada com chave de ouro.Passar férias nos alpes é um dos meus passeios favoritos. Sim, os alpes suíços são um luxo e muita gente fala do glamour de algumas das estações de esqui mais badaladas do mundo. Nem me considero mais turista visto que vivi a cultura suíça por tantos anos, e posso afirmar que quando você mora na Suíça, esquiar nos alpes é como morar no Rio de Janeiro e ir mergulhar em Ipanema. Faz parte da vida.
Lugares pra esquiar na Suíça – Tem muitos, por isso só vou falar dos que conheço, ok?
Bern Oberland – A região é vasta e tem dezenas de vilarejos e estações de esqui. Foi lá que, em 2007, fiz minha primeira incurssão pelos alpes. As vastas e altíssimas montanhas da região de Berna contam com mais de 800 lagos! Não perca uma visita a Schilthorn, que tem um restaurante a 2970 metros de altitude que gira a 360 graus, e serviu de locação para um filme do James Bond (007 Bond World). A vista é de perder o fôlego, algo para nunca mais se esquecer.
Em 2007, na região de Jungfraujoch
A paisagem é tão surreal que ficou parecendo que fui colocada na foto, rs.
Reparem no visual…
Esquiar lá de cima não é para iniciantes, já que a pista é longa e sinuosa. O transporte é moderno e eficiente, e dependendo da localidade conta com trens para levar os turistas montanha acima.
Região de Jungfrau – Nesta famosa região montanhosa eu conheci a estação de Grindelwald. Lá você se depara com mocinhas vestidas em trajes típicos suíços e cartões postais tão bonitos que só podem mesmo ser vistos na Suíça. O legal é que Grindelwaldtem bares 24 horas, boas escolhas entre restaurantes típicos e modernos e opções de spa para relaxar. Já imaginou estar numa jacuzzi quentinha ao ar livre cercada pelas estrelas e pela neve ao redor das montanhas?
JUNGFRAUJOCH – Top of Europe: Sphinx (3571 m) with view over the Aletsch Glacier. Copyright by Jungfrau Railways By-Line swiss-image.ch
Se você pretende subir a montanha de Jungfraujoch – considerada o topo da Europa – Grindelwald é um ótimo ponto de partida para chegar à estação de trem mais alta da Europa, a 3454 metros de altitude, com mais de 100 anos. Estar num trem – todo envidraçado – subindo os alpes cercada por aquela beleza toda foi uma das experiências mais incríveis que eu tive na Suíça. Recomendo, é de uma beleza rara. Fico arrepiada só de lembrar o anoitecer com a brancura da neve salpicada de pontinhos de luz. Já perceberam que eu amo a Suíça, neam? Fica difícil transmitir em palavras tanta beleza e magia!
E a região ainda tem os “glaciers”, que são as montanhas de gelo. Tem muitos passeios e excurssões para pontos de observação, além do Palácio de Gelo! Gente, visitar os alpes suíços no inverno é um passeio inesquecível. E há tanto para se ver e fazer! Eu diria que no inverno tem mais coisas para fazer do que no verão. Tanto a região de Jungfrau como Bern Oberland ficam na suíça alemã.
Jungfraubahn auf der Kleinen Scheidegg vor der Kulisse der Berner Alpen – Photo by Christof Sonderegger
Verbier – Este resort de esqui é considerado um dos mais chiques da Suíça. É point de endinheirados britânicos, russos e ricos do mundo todo. Verbier é linda e fica na suíça romande (de língua francesa). A gente olha em volta e parece que tudo ali foi cuidadosamente colocado no lugar, das montanhas às casas, é tudo perfeito como num conto de fadas. Preparem o bolso, pois Verbier pode sair bem mais cara do que outras estações, simplesmente por causa do badalo. Se você quer ver gente bonita e rica, e não se importa com o preço do passe de esqui, bora pra Verbier! Os chalés do vilarejo se situam na casa dos milhões, e muitos contam com quadra de tênis e chef privativo. Verbier fica na região dos 4 Vallées e tem a fama de receber sol mais de 350 dias por ano! Só tenho fotos de Verbier no verão, mas vale né?
Lindo até no verão
Você senta para apreciar a paisagem e não quer mais ir embora
Se você prefere uma atividade coletiva, em Verber tem ski de fundo, ski touring, handski para pessoas com necessidades especiais e escaladas a pé em grupo e com guias. À noite, tem bares e casas noturnas repletas de gente phyna e jovem.
Mayens-de-Riddes – Nesta mesma região dos 4 Vallées, do lado oposto a Verbier está Mayens-de-Riddes, um local muito lindo e agradável com uma estação chamada La Tzoumaz. Fui muitas vezes a La Tzoumazcom o Erik, e o local é perfeito para famílias e para iniciantes. Não tem o glamour de Verbier, e isso significa que também não tem os preços salgados de lá. Do topo da La Tzoumaz a gente olha para o lado, lá embaixo, e vê Verbier incrustrada na montanha. E mesmo quando o sol já desapareceu de la Tzoumaz ainda é possível vê-lo brilhando lá embaixo, em Verbier.
Mayens-les-Riddes em dia de pouca neve…
La Tzoumaz tem piscina pública, escolas de esqui e um centrinho com todas as facilidades como supermercados, lojas e restaurantes. Para os aventureiros, dá para se hospedar em Mayens-de-Riddes, subir até La Tzoumaz e esquiar montanha abaixo em direção a Verbier, mas atenção: para voltar ao ponto de origem você precisará dar uma bela volta de carro.
Além de toda a magia e lazer que os alpes suíços oferecem no inverno, no verão também é possível visitar essas paisagens e se encantar com cachoeiras e lagos cristalinos. No próximo post vou falar de um dos meus lugares favoritos em toda a Suíça: Montreux.
Para mais informações Bern Oberland, ou Oberland Bernês – My Switzerlandem português Jungfraujoch – Infos sobre bilhetes, hotel, trens e passeios, em francês: Jungfrau.ch Verbier – Passes de esqui, programação de inverno, eventos e aulas de esqui, em inglês:Televerbier.ch
Mayens-de-Riddes – em francês: Valais.ch
Cresceu na periferia de São Paulo, mudou para a Suíça, depois França e atualmente mora com seu filho em Munique, na Alemanha. Sempre antenada e buscando o melhor de cada destino, adora partilhar suas experiências com pessoas, explorando o mundo feminino, da maternidade, beleza, moda e decoração. Acredita que luxo é viver com criatividade.
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SOBRE o PL
O Passaporte voltou, sempre interagindo com seus seguidores, com dicas e informações do mundo da moda, beleza, turismo e decoração, com um olhar de quem vive buscando o inusitado!