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A pandemia do coronavírus veio e mudou tudo. A indústria de viagens e o setor de turismo em geral foram um dos mais afetados. Com a insegurança gerada pela crise sanitária, a escassez de dinheiro e o desemprego, viajar é algo que caiu na lista do consumidor. Mas pouco a pouco as economias começam a reagir mundo afora. 

Uma coisa é certa: viajar nunca mais será como antes. Pelo menos até termos uma vacina. Normas de higiene e segurança ganham prioridade, o distanciamento físico tem que ser levado em conta pelas empresas áereas, de transportes e indústria hoteleira, além do próprio turista. A gente conversou com um especialista no assunto para pegar dicas de como continuar viajando durante a pandemia, com segurança e pagando preços justos.

A primeira coisa é aceitar que, enquanto a vacina não vem, adaptar-se é necessário, e respeitar as normas de segurança é imprescindível para não por nem a sua nem a vida dos outros em risco. 

A nova realidade

De acordo com Fabian Azzali, sócio-diretor da Litoral Verde Viagens (Insta: @litoralverdeviagens) tanto no Brasil como no resto do mundo teremos que nos adaptar ao “novo normal” enquanto a vacina não estiver disponibilizada em grande escala pelo mundo. Isso implica, por exemplo, em não descuidarmos das normas de higiene e segurança, evitar aglomerações e atentar para o distanciamento social. Para o diretor da Litoral Verde Viagens a higiene trará maior segurança a todos, mas tais medidas precisam e devem ser reforçadas tanto pelas empresas quanto pelos usuários. Será necessária uma mudança de pensamento e de cultura em relação a essas questões.

Mas e as operadoras de turismo, setor tão afetado pela pandemia, como ficam nessa história? Para Azzali, as empresas estão se adaptando às novas normas convencionadas pela OMS e pelo Ministério da Saúde. Cada segmento, sejam Hotéis, Cias Aéreas, Agências e Guias, têm suas características e adaptações a serem postas em prática. “Mas já sabemos que contatos virtuais, uso de máscaras, maior distanciamento e menor aglomeração de pessoas, formando apenas grupos familiares que moram juntos, são comportamentos básicos para todos os segmentos”, completa.

Higiene

O viajante não deve esquecer de levar máscaras de proteção mesmo que viaje de carro (Confira aqui dicas para planejar sua viagem de carro). O transporte de álcool em gel deve ser evitado pelo perigo que o mesmo representa.

A exemplo das mudanças implantadas em viagens aéreas depois do 11 de setembro de 2001, a pandemia do coronavírus deve mudar a maneira como viajamos. Algumas dessas mudanças já podem ser vistas. “Além do uso do álcool gel e da utilização de máscaras, vale ressaltar que tanto os aeroportos quanto as rodoviárias estão sendo marcados com adesivos no solo para reforçar o distanciamento de 1,5m entre as pessoas nas filas. Porém é fundamental que as pessoas atentem e respeitem isso, pois não é o que temos visto nos terminais”, aponta Fabian. Mas com tudo isso, você deve estar se perguntando se viajar vai ficar mais barato ou mais caro. Tudo depende do destino. Para Fabian Azzali, em alguns casos, mais caro e, em outros, mais barato. “É difícil prever isso com exatidão pois é um fator que depende da oferta versus demanda. Mas em todo caso é muito importante ficar atento às promoções oferecidas tanto pelas companhias aéreas quanto pelas operadoras de turismo”, complementa.

Para onde ir?

Mesmo que aos poucos a gente vá voltar a viajar, certas viagens certamente serão mais evitadas que outras. Por exemplo, viagens internacionais e de longa distância terão menos procura. “Em nossa opinião, as viagens de longas distâncias (internacionais), cruzeiros e as de eventos, devido a necessidade de aglomeração, serão as mais afetadas”, pontua Fabian. 

Porém, há boas notícias. Viagens rápidas e curtas tendem a crescer durante a crise do coronavírus. Isso por que é seguro viajar de carro, tendo contato somente com pessoas da família ou amigos próximo. “As viagens curtas de fim de semana com a família no seu próprio carro ou alugado (chamadas Viagens Regionais) tendem a crescer muito com esse cenário, especialmente para hotéis menores”, avalia o profissional. Ótimo momento para explorar o turismo local e descobrir as belezas da nossa região

E como escolher onde ficar, principalmente para quem tem filhos pequenos? Embora soe “utópico” como bem diz Fabian, ele acredita que as viagens com crianças deverão ser feitas em Resorts, “pois estes empreendimentos, além de possuir uma grande área externa para atividades, possuem uma ampla estrutura de colaboradores que são melhores treinados para a nova realidade pós pandemia”, completa.

Turismo de negócios

Mas nem só de lazer vive a indústria de viagens. Outra fatia importante desse mercado são as viagens de negócios, setor que em 2019 movimentou nada menos que R$11,9 bilhões de reais, de acordo com o Ministério do Turismo, representando uma alta de 9,5% em relação ao ano anterior. 

Para Fabian, as viagens de negócios já estão se adaptando à nova realidade, com mais reuniões virtuais evitando o deslocamento de seus colaboradores. Aqui na Alemanha, por exemplo, viagens de negócios ainda são evitadas. Os encontros de longa distância estão ocorrendo por apps de vídeo conferência como Zoom, Google Meeting, etc. “Entendemos que esse segmento será um dos últimos a se recuperar. Em alguns países da Europa, por exemplo, as empresas estão pedindo o teste de covid aos seus colaboradores (pagos pela empresa) quando as reuniões presenciais forem inevitáveis”, avalia Azzali.

Embora viajar durante uma pandemia seja um desafio em um país como o Brasil, temos a sorte de ter um litoral vasto, florestas e ecossistemas diversos, além de cidades e interiores cativantes e belos. Já parou para pensar em como desconhecemos nossa própria região? Que tal sair pra explorar o interior do seu Estado, dirigir uma hora, duas pra fora da cidade pra ver como a vida pode ser diferente tão perto de onde vivemos? Além de surpreender, viagens regionais ajudam na economia local, pois o dinheiro do turista fica na região, ajudando no processo de retomada da economia. A aventura é garantida! Deixa o sonho dos EUA para mais tarde. E então, vamos explorar os arredores?

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